Quanto Rende 100 Mil na Renda Fixa?

Se você tivesse 100 mil reais, onde investiria? A renda fixa é uma das opções para investir tal montante de recursos.  Então, quanto rende 100 mil na renda fixa?

A taxa de juro vem subindo desde o ano passado e provavelmente, em maio, haverá mais um aumento na Selic.

Com a taxa de juro nas alturas, a renda fixa tornou- se muito atraente. Existem diversas vantagens que chamam atenção na renda fixa. Se você tem curiosidade para saber quanto rende 100 mil reais na renda fixa, acompanhe o nosso artigo.

Qual o rendimento de 100 mil na renda fixa? 

Um título de renda fixa que renda 100% do CDI (taxa do certificado de depósito interbancário) vai proporcionar um rendimento de R$ 11.650,00 ao ano, ou R$ 970,83 mensais, aproximadamente.

A taxa do CDI hoje está perto dos 11,65% ao ano. Considerando que o salário mínimo está em R$ 1.212,00, os R$ 100.000,00 na renda fixa entregam rendimento equivalente a 80% do salário mínimo.

Vale destacar que dentro da renda fixa ainda há opções mais rentáveis, mas que não vão oferecer liquidez diária. Há CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e outros produtos de renda fixa mais rentáveis que contam com restrição de liquidez (ou seja, liquidez somente no vencimento). Esses papéis podem entregar rendimentos muito maiores, chegando até a superar a casa dos 13% ao ano, por exemplo.

Um CDB cuja rentabilidade é de 13% ao ano vai entregar um rendimento superior a R$ 1.083,33 mensais É importante salientar que esses rendimentos não são líquidos de imposto de renda.

Onde investir

Dentro da renda fixa há diversas opções de investimentos. O CDB é uma das primeiras opções. Como o CDB é amplamente distribuído, há centenas de opções com as mais variadas rentabilidades. Os rendimentos contemplam desde o CDI, até os juros prefixados e o IPCA.

Onde investir vai depender da estratégia do investidor. Por exemplo: um investidor que procura uma reserva e não pode ficar sem liquidez, deverá comprar títulos de renda fixa que ofereçam alta liquidez e boa segurança.

Em uma situação assim, o melhor é ficar com uma rentabilidade na média do mercado, pagando 100% do CDI.

Dificilmente o investidor terá como comprar um título de renda fixa que ofereça mais rendimento com liquidez diária.

Agora se o investidor tem uma tolerância maior com relação à liquidez, então o investidor pode partir para títulos com vencimento mais longos.

Nesses casos, LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de crédito do Agronegócio) aparecem como ótimas opções.

Por contarem com a isenção de imposto de renda, mesmo um rendimento inferior aos CDBs pode acabar entregando mais ganhos.

Assim, para investimentos que possuem vencimento de até dois anos, as LCI e LCA surgem como boas opções.

Para investimentos de longo prazo, acima dos dois anos, os CDBs, CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (certificado de recebíveis do agronegócio) e debêntures aparecem como boas opções.

CRI, CRA e debentures incentivadas são isentas de imposto de renda, porém, os riscos de investir em tais papéis são maiores quando comparado ao CDB.

O CDB, LCI e LCA contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), assim, os riscos, no CDB, são menores.

Ao conhecer melhor as principais opções da renda fixa, fica a cargo do investidor avaliar qual é a melhor opção.

Investimentos arrojados

Dentro da renda fixa os investimentos mais arrojados são aqueles que contam com menor segurança e prazo de vencimento maior.

Dentro dessa gama de produtos, surgem como opções as CRI, CRA e debentures incentivadas. Existem alguns papéis que contam com prazos de vencimento superiores há 10 anos.

Sendo que os valores de CRI, CRA e debêntures incentivadas costumam ser elevadas, acima dos R$ 1.000,00.

Assim, os investidores que possuem pouco patrimônio terão sérias dificuldades em conseguir diversificar e reduzir os riscos referentes a tais investimentos.

Para não abrir mão dessas opções, uma ótima forma de investir em tais papéis é através de fundos de investimento. No mercado há fundos imobiliários que investem predominantemente em CRI. Já com relação às debêntures, há fundos de debêntures incentivadas.

O que considerar antes de investir?

Existem alguns pontos que devem ser observados pelo investidor antes de comprar um título e renda fixa. Esses pontos são:

  • Segurança;
  • Liquidez;
  • Rentabilidade;

Para uma reserva de emergência, o investidor terá que investir em um ativo que seja seguro e que tenha boa liquidez. Em uma situação assim, a rentabilidade não será das maiores. Tesouro Selic, fundos referenciados DI e CDBs de liquidez diária são boas opções.

Já investimentos de maior rentabilidade vão comprometer parte da segurança e liquidez. Nesses casos, títulos como: CRI, CRA, Debêntures incentivadas e demais papéis de vencimento longo, surgem como opções.

Se o investidor busca uma alternativa de “meio termo”, as LCI e LCA aparecem como alternativas atraentes.

Conclusão

Então, vale investir 100 mil em renda fixa? Sim, vale muito a pena. Ao investir tal montante na renda fixa o investidor consegue remunerar o seu capital além de proteger.

Já o melhor retorno de 100 mil na renda fixa fica nos títulos de longo prazo. CRI, CRA, CDB e debêntures podem oferecer rendimentos elevados quando há opções de prazo maior.

Por exemplo: atualmente a CRI, CRA e debentures que chegam a pagar IPCA+7% ao ano. Já há CDBs com rentabilidade prefixada superior aos 13% ao ano.

Se o investidor considerar que nos próximos 12 meses a inflação pode ficar por volta dos 7%, uma CRI, CRA ou debênture pode entregar rentabilidade na casa dos 14% ao ano.

Com uma rentabilidade de 14% ao ano, o valor de R$ 100.000,00 renderia algo próximo a R$ 14.000,00 no ano.

Como CRI e CRA são isentas de imposto de renda e existem as debêntures incentivadas (que nesse caso também são isentas) a rentabilidade de R$ 14.000,00 no ano já seria líquida de IR.  

Agora você sabe quanto rende 100 mil na renda fixa? Ainda tem dúvidas? Então deixe uma pergunta ao final que já vamos lhe responder. 

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