Atualmente, há muitas maneiras de fazer o seu dinheiro render. Inclusive, por meio de aplicações seguras e simples, como é o caso dos investimentos de renda fixa. Mas, você sabe o que são estas práticas monetárias? E como fazê-las?
Ainda no setor de rendimentos, outro termo comum e popular é o fundo de investimento. Um conceito amplo e um pouco confuso de entender, uma vez que engloba vários tipos de aplicabilidade financeira. Entre elas, o Referenciado DI.
Neste artigo, vamos apresentar os principais conceitos de cada um deles. Ao final, você terá mais conhecimento sobre como investir seu dinheiro usando os mecanismos de mercado atuais. Para início de conversa, você entende qual é a diferença entre renda fixa e Fundos Referenciados DI?
O que são os fundos de investimentos?
Imagine uma farta mesa de café da manhã. Com pães, leite, bolo, frutas, frios e outros alimentos típicos da refeição matutina. Uma variedade de sabores e gostos com o mesmo objetivo: o desjejum. Os fundos de investimentos se parecem com esta mesa.
Quando você investe em um fundo de investimento, está comprando cotas. Sendo, assim, o participante responsável por fazer o suco, por exemplo, dentro da nossa analogia do café da manhã. Enquanto isso, algum investidor fica encarregado de levar o pão de queijo, outro de comprar o presunto fatiado e assim por diante.
Em outras palavras, cada cotista responde por uma parte do total. Posto que, todos os participantes do “café da manhã de investimentos” têm em vista o rendimento de suas aplicações. E a divisão do lucro acontece de modo proporcional, equivalente ao valor investido por cada um.
A organização do evento matinal, ou seja, do fundo de investimento fica por conta de uma instituição financeira especializada. Geralmente, bancos ou corretoras de valores. É a administradora quem reúne os títulos, gerencia as aplicações e divide os rendimentos entre os investidores.
O que é renda fixa?
A renda fixa contempla investimentos com rentabilidade previsível e estável. Você sabe exatamente as regras e os prazos de remuneração do rendimento ao contratar uma aplicação. Por isso, se trata de uma forma segura e conservadora de render seu dinheiro.
Há vários tipos de renda fixa disponíveis atualmente, no mercado brasileiro. Todas as opções são fáceis de obter, acompanhar e resgatar. A maior parte, ou a totalidade, do processo ocorre online, pela internet. Incluindo também baixos valores mínimos de investimento.
Além disso, o prazo de vencimento varia conforme o investimento contratado. Contudo, você pode sacar o saldo antes do final do contrato, com o risco de pagar tributos, entre eles o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Hoje em dia, contamos com três modalidades de renda fixa:
• Título prefixado: contém rentabilidade fixa e informada no momento da contratação do investimento.
• Título pós-fixado: tem como base de juros um indexador de mercado e, por isso, tem um rendimento variável.
• Título híbrido: conta com uma parte prefixada e outra regida por um indexador de mercado.
Os principais tipos de renda fixa, com uma ou mais categorias listadas acima, são: a Poupança; o Tesouro Direto; os Debêntures; as Letras de Câmbio (LC); o Certificado de Depósito Bancário (CDB); a Letra de Crédito Imobiliário (LCI); a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA); o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI); e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
O que é referenciado DI?
O termo Referenciado DI se refere aos Fundos de Renda Fixa Referenciados DI. São fundos de investimentos focados na renda fixa. Na prática, o conjunto de investidores aplica o capital em mais de um tipo de rentabilidade do segmento.
Os Fundos DI consistem em títulos públicos ou privados de baixo risco. No primeiro caso, estão atrelados à taxa básica de juros, o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Já no segundo, ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
O Referenciado DI se destina a um perfil de investidor mais conservador. Uma boa opção também para quem é iniciante no mercado de investimentos ou tem apenas conhecimentos básicos sobre rendimentos financeiros. Desta maneira, abrange um público mais cauteloso e, talvez, inexperiente.
Lembrando que, os fundos de investimentos possuem um viés coletivo. Então, o grupo de cotistas que compõe cada Referenciado DI precisa de uma gestão sólida. Esta responsabilidade recai sobre profissionais especializados e com “faro” para entender as variações de taxas.
Uma equipe que entende como distribuir, adequadamente, os valores para se conseguir um resultado satisfatório. Uma vez que, os investimentos vão para mais de um tipo de renda fixa. E, no final, todo mundo deseja aproveitar o lucro, não é mesmo?
Além do CDI e da taxa Selic, existem outros indexadores de mercado usados nas aplicações de renda fixa. Um deles equivale ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Um indicador relacionado à variação de preços de bens de consumos e serviços.
Vantagens e Desvantagens
Já mencionamos algumas das vantagens da renda fixa ao longo deste artigo. Tenha em mente que o uso de dinheiro deve ser consciente e planejado. E quando falamos em investimentos, a regra se torna ainda mais séria.
Para isso, o ideal é você conhecer as alternativas disponíveis e como a sua renda pode ser aplicada com segurança em uma ou mais opções. Depois, alinhe seus desejos às possibilidades que mais combinem com o seu perfil de investidor.
Adiante, vamos te ajudar a entender melhor os pontos positivos dos investimentos de renda fixa. Incluindo, é claro, os Fundos Referenciados DI. Também apontaremos as desvantagens destas aplicações.
Renda Fixa
Os investimentos em renda fixa são considerados de baixo risco. Sua segurança vem de diferentes garantias, que varia de acordo com o tipo de título. Para o Tesouro Direto, o Estado, com o Tesouro Nacional, corresponde ao órgão responsável pelo ressarcimento do capital investido.
Outro exemplo se refere ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma organização privada focada em mecanismos de proteção monetária nacional. Funciona como um seguro caso uma instituição financeira “quebre”.
O FGC cobre a Poupança e o Certificado de Depósito Bancário. Duas modalidades populares de renda fixa. O fundo devolve até R$ 250 mil por CPF ou por CNPJ, e por instituição financeira, limitado a R$ 1 milhão de reais a cada 4 anos.
A rentabilidade da renda fixa tem liquidez diária. O que possibilita que você tenha bons rendimentos tanto a curto quanto em longo prazo. Em contrapartida, os investimentos contam com um desconto do IOF se você resgatar o valor investido antes de 30 dias de aplicação.
Igualmente, há um abatimento do Imposto de Renda dependendo do tempo de investimento ao solicitar o resgate. Os tributos são calculados em cima do rendimento somente e descontados automaticamente.
Fundo DI
A rentabilidade dos fundos de investimento costuma ser maior do que a Poupança. No caso do Refenciado DI, o rendimento depende das variações das taxas de cada tipo de cota. O que dá mais importância a uma gestão qualificada dos títulos.
Sua liquidez, normalmente, é diária. Aliás, em alguns casos, chega a ser imediata. E o Fundo DI dispõe de uma variedade de valores iniciais de investimento, alguns deles baixos. Sendo que, todo o processo ocorre de forma simples.
Sendo assim, o seu dinheiro rende com facilidade. Por outro lado, o Fundo DI está sujeito aos descontos do IOF sobre o valor do rendimento. Esta dedução acompanha o tempo das suas aplicações e mudam regressivamente.
O Referenciado DI não contém a cobertura do FGC, porém é de baixo risco devido à diversidade de investimentos. E boa parte dos títulos são públicos, do Tesouro Direto, e garantidos pelo governo federal.
Qual é a taxa de admissão?
Trabalhar com dinheiro requer seriedade. Em razão disso, a maioria das instituições financeiras cobram uma taxa de custódia para arcar com a administração dos investimentos. Como, custear a equipe de profissionais e movimentações na conta.
Uma cobrança de corretagem passa a ser vantajosa para você, como investidor, quando é menor do que 0,30%. Um percentual semelhante à taxa da Bolsa de Valores sobre o Tesouro Direto.
Com os Fundos DI, as empresas também podem cobrar uma taxa de performance. Isso acontece quando o desempenho do rendimento ultrapassa o indicador do mercado. Esta modalidade carrega também o come-cotas. Um abatimento do Imposto de Renda, duas vezes por ano.
Conclusão
Por fim, os Fundos Referenciados DI possuem uma rentabilidade vantajosa quando o rendimento supera os 100% do CDI. Ainda mais, por se tratar de um lucro a ser divididos em frações, conforme a cota de cada participante do “café da manhã”.
Invista em uma gestão qualificada e desenvolvida por profissionais e empresas especializadas na área. E, como tudo tem um preço, se atente às taxas de administração para não cair em uma cilada. Para que seus títulos sejam bem gerenciados e por um valor justo.
Agora que você compreende como investir em renda fixa, ficou mais fácil de diferenciar o seguimento da modalidade de Referenciado DI? Caso tenha dúvidas, escreva aqui nos comentários.
A redação do Dinheiro Vivo é formada por especialistas em finanças, empreendedorismo e diversos assuntos que encantam os nossos leitores.