Quanto Rende 1 Milhão em Renda Fixa?

A alta da inflação vem influenciando na alta dos juros, fato que colabora com os títulos de renda fixa. Observando isso, quanto rende 1 milhão em renda fixa?

A renda fixa brasileira possui diferentes tipos de rentabilidades. Alguns títulos entregam rendimentos atrelados ao CDI (taxa do certificado de depósito interbancário).

Quanto Rende 1 Milhão em Renda Fixa?

Outros papéis possuem ganhos atrelados ao IPCA (inflação) ou a uma taxa de juro prefixada. Dependendo de como tais indicadores estão performando, a rentabilidade do papel de renda fixa pode mudar.

Nesse artigo vamos analisar e identificar quanto um milhão de reais pode render no nosso atual cenário.

Como saber quanto rende 1 milhão em renda fixa?

Para descobrir quanto um milhão de reais rende dentro da renda fixa, o investidor precisa identificar qual é a rentabilidade do papel.

Se o título em questão pagar 100% do CDI, isso significa que o mesmo vai render algo próximo dos 11,75% ao ano. Portanto, um milhão de reais investidos em um papel assim, vai render algo próximo de R$ 117.500,00 ao ano.

Isso significa que ao mês, o investidor poderia tirar algo próximo a R$ 9.791,67. Considerando uma alíquota de 22,5% de imposto de renda (a maior alíquota), o investidor teria líquido, algo perto de R$ 7.588,55 referente ao rendimento de 1 milhão.

Para muitos brasileiros, uma renda de R$ 7.588,55 ao mês, seria o suficiente para viver confortável.

Agora vamos supor que o investidor comprou no início de 2021, um título que paga IPCA+5% ao ano.

Em uma situação assim, a rentabilidade do investidor seria ainda maior. Como o IPCA terminou 2021 em 10,06%, tal papel rendeu em 2021, nada menos do que 15,06%.

Desse modo, quanto rende 1 milhão aplicado em renda fixa atrelada ao IPCA? Um milhão de reais investidos em tal título, gerou um rendimento de R$ 150.600,00 no ano.

Ao mês, a rentabilidade ficaria em R$ 12.550,00. Ao considerar um imposto de renda de 22,5% ao mês, o valor líquido do investidor, por mês, é de R$ 9.726,25.

É uma ótima rentabilidade. Por último, nós temos os títulos atrelados ao juro prefixado. Nesse caso, atualmente existem opções para entregar rendimentos por volta dos 14% ao ano.

Assim, o rendimento em renda fixa de 1 milhar poderia gerar algo próximo a R$ 140.000,00 ao ano, ou R$ 11.666,67 ao mês. Aplicando uma retenção de 22,5% de IR, o valor líquido é de R$ 9.041,67.

Onde deve ser aplicado?

A renda fixa está repleta de boas opções de investimento, por isso, é importante diversificar os ativos em carteira.

Observando isso, uma boa estratégia é focar em ativos que são seguros, líquidos e que vão entregar rendimentos na média do mercado.

Boas opções são as letras do Tesouro Selic e os fundos de Selic Simples. O Tesouro Selic é a letra do Tesouro Direto que paga os rendimentos vinculados à Selic. Portanto, o investidor vai receber rendimentos bem próximos dos 11,75% atuais.

Já os fundos de Selic Simples, são fundos que investem predominantemente em letras do Tesouro Selic e não cobram taxa administrativa. Assim, o investidor consegue alocar recursos em um fundo que pode gerar mais rendimento que o próprio investimento direto na letra do Tesouro Selic.

Isso acontece porque o investimento em letras do Tesouro envolve alguns custos, como a taxa administrativa que é cobrada semestralmente.

O investidor pode alocar até 50% do patrimônio nessas duas opções de investimento, visto que ambas são extremamente líquidas e possuem alto nível de segurança.

Depois, uma porção menor do patrimônio pode ser alocada em CDB (Certificados de depósito bancário), LCI (letras de crédito imobiliário) e LCA (letras de Crédito do Agronegócio).

As três opções são muito boas, contam com boa segurança e rentabilidade. Sem falar que as LCI e LCA ainda são isentas de imposto de renda, fato que potencializa ainda mais os ganhos do investidor, ainda mais, quando o investimento possui um vencimento curto.

Os três investimentos contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Sendo que tal garantia cobre até 250 mil reais por CPF e instituição financeira.

Considerando que existem riscos maiores dentro do CDB, LCI e LCA, uma diversificação, respeitando até uns 25% do patrimônio, é algo interessante.

Por último, o investidor pode investir em letras do Tesouro Direto com rendimento atrelado ao IPCA. São as letras do Tesouro IPCA.

Há opções que pagam juros semestrais e outras que pagam tudo no vencimento. Fazer uma diversificação entre os dois tipos de letras é o mais prudente.

Por se tratar de letras que possuem volatilidade no curto prazo, é bom comprar letras com vencimento mais curto.

Ao fazer tal diversificação, a carteira do investidor terá boas opções de ativos e estará protegida, tanto dos riscos inerentes ao mercado, quanto das oscilações da taxa de juro, o da inflação.

Onde encontrar os melhores resultados?

O investidor precisa sempre fazer uma boa avaliação de risco e junto disso, avaliar quais são os rendimentos possíveis.

Por exemplo; atualmente há diversos bancos oferecendo CDBs com vencimento longo, para mais de cinco anos.

Tais CDBs vêm pagando algo em torno de 14% ao ano, às vezes até mais. Hoje a taxa de juro está em 11,75%, portanto, os 14% ao ano, são muito atraentes. Mas, como estamos lidando com um vencimento superior a 5 anos, o investidor vai demorar para ver os recursos de volta.

Sem falar, que muitas vezes, os bancos que oferecem tal produto, podem estar enfrentando problemas financeiros e por isso, precisam emitir títulos de longo prazo com taxas maiores.

Desse modo, apesar da boa rentabilidade, existe um risco relevante no título. Por outro lado, há investimentos, como o Tesouro Selic, que vai pagar algo próximo a 11,75% ao ano e tem liquidez diária. Ou seja, a qualquer momento o investidor pode resgatar os valores, sem grandes problemas.  Sem falar que as letras do Tesouro Selic são extremamente seguras.

Agora, o meio termo entre algo mais seguro e arriscado seria um CDB, LCI ou LCA com vencimento mais curto, de dois anos, por exemplo.

Assim, o investidor tem a previsão de contar com os recursos em um espaço de dois anos e pode surfar em uma boa rentabilidade, acima da média do mercado.

Há CDBs com vencimento em dois anos que pagam até IPCA+5,5% ou mais do que 13% ao ano, por exemplo.

Ambas as taxas, têm plenas condições de entregar mais do que os atuais 11,75% da Selic e não serão tão arriscadas quanto os títulos com vencimento mais longo.

1 milhão é suficiente para viver de renda?

Tudo vai depender do padrão e vida do investidor. Um investidor que pretende viver com algo próximo a R$ 3.000,00 ao mês, por exemplo, vai conseguir viver de renda tranquilamente.

Inclusive, boa parte dos recursos que serão gerados no mês a mês, vão poder ser reinvestidos e assim, garantir o poder de compra do investidor no futuro.

Agora, um investidor que vai aumentando o seu padrão de vida e periodicamente busca novos padrões, terá mais dificuldades em viver com um determinado valor fixo por muito tempo.

Para viver de renda o investidor precisa ter consciência que não poderá gastar muito e terá que avaliar a inflação e seus efeitos sobre os serviços e os produtos que consome.

Se o dinheiro não render o suficiente para cobrir o aumento dos preços, o investidor provavelmente terá sérios problemas no futuro.

Conclusão

Um milhão de reais já foi um número grandioso e de sucesso, hoje em dia, um milhão de reais tem apelo, mas não tanto.

Como as coisas vão encarecendo com o passar dos anos, os preços se tornaram maiores e o dinheiro vai perdendo o seu valor.

Talvez, o um milhão de hoje, seja equivalente a 500 mil de 10 anos atrás. Para viver de renda, o investidor precisa ter confiança e disciplina.

Disciplina a ponto de viver dentro de um padrão de vida, onde o investidor vai consumir um determinado valor e não mais do que aquilo.

Qualquer valor a mais, pode acabar prejudicando os recursos que vem gerando dinheiro ao investidor.

Por exemplo; com uma renda de R$ 7.000,00 ao mês, se o investidor gastar R$ 8.000,00, dos um milhão que estão investidos, será necessário resgatar mil, desse modo, não haverá mais um milhão, mas R$ 999.000,00.

Sendo que os R$ 7.000,00 mensais vão se tornar menos. E tudo isso, pode provocar menos renda no futuro e problemas para o investidor.

Você compreendeu quanto rende 1 milhão em renda fixa? Não? Ainda tem dúvidas? Então, deixe uma pergunta ao final que já vamos lhe responder. 

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