Dentro da renda fixa há diferentes ativos indexados a alguns tipos de indicadores. Como há diversas variáveis que podem influenciar na rentabilidade da renda fixa, surge a dúvida: quanto rende renda fixa por mês?
Para conhecer quanto rende a renda fixa, o investidor precisa conhecer um pouco sobre o contexto econômico nacional e mundial.
Além disso, é importante conhecer os principais indicadores econômicos no Brasil. Com esse conhecimento, fica mais fácil determinar qual é a rentabilidade mensal da renda fixa.
Quanto à renda fixa rende por mês?
Títulos de renda fixa atreladas a 100% do CDI (taxa do certificado de depósito interbancário) vão render hoje, algo próximo a 0,97% ao mês (ou 11,65% ao ano).
Como os títulos atrelados ao CDI são a maioria dentro da renda fixa, podemos dizer que para os investimentos mais comuns da renda fixa, a rentabilidade mensal é de 0,97%.
Depois do tradicional, existem outros investimentos que vão variar de instituição, vencimento e a própria rentabilidade.
Por exemplo: um CDB (Certificado de depósito bancário) de um banco pequeno costuma ter um rendimento superior aos grandes bancos. Enquanto o CDB de um banco grande rende 100% do CDI, um banco menor oferece o mesmo produto com taxas de 105% do CDI ou mais.
Existem também os CDBs com liquidez somente no vencimento. Nesse caso, quanto mais longo for o vencimento, maior é a taxa.
Esses rendimentos podem variar com relação à taxa. Por exemplo: há bancos que oferecem CDB com vencimento de cinco anos ou mais, com taxas de 120% do CDI.
Com uma rentabilidade de 120% do CDI, quanto rende a renda fixa por mês? O CDB pode render até 1,165% ao mês, considerando a taxa de 13,98% referente a 120% do CDI.
Mas os rendimentos não ficam limitados somente ao CDI. Há também CDBs e demais títulos atrelados à taxa prefixada ou ao IPCA.
Onde investir?
Praticamente todos os bancos oferecem CDB, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio).
Já as corretoras de valores mobiliários contam com maior diversidade de produtos. Além dos CDBs, LCI e LCA, as corretoras ainda oferecem grande quantidade de fundos de investimento, CRI (certificados de recebíveis imobiliários) e CRA (certificados de recebíveis do agronegócio). Além das letras do Tesouro Direto e das debêntures.
Por exemplo: quanto rende fundo de renda fixa por mês? Pode variar bastante. Um fundo dentro da média do mercado, que é de 100% do CDI, vai render bem próximo dos 0,97% ao mês. Já fundos de crédito privado, que conseguem gerar mais renda, podem alcançar resultados de 1,1% ao mês até 1,2% ou mais.
Na hora de escolher a melhor opção de investimento, é importante fazer uma boa avaliação. Se o investidor tem um património robusto e pode tomar mais risco com o objetivo de conseguir rendimentos maiores, títulos como: CRI, CRA e debentures são interessantes.
Agora se o investidor que preservar o capital, um CDB com liquidez diária ou uma letra do Tesouro Selic, parecem ser as melhores escolhas.
Para aqueles que procuram boa rentabilidade com boa segurança, as melhores opções são os CDBs, LCI, LCA.
Vale a pena investir na renda fixa?
Vale sim. A renda fixa pode proporcionar estabilidade e segurança, além de boa rentabilidade. Se o investidor procura ganhos acima da média, será necessário recorrer à renda variável.
Mas, sem a renda fixa, o investidor não terá como construir uma reserva de emergência e tão pouco, construir um patrimônio mais estável.
Querendo ou não, a renda fixa oferece estabilidade e ganhos consistentes. No atual momento, com a taxa de juro em 11,75% ao ano e com boas expectativas de mais aumentos, a renda fixa vem oferecendo bons rendimentos.
Ganhos próximos a 1% ao mês é uma ótima rentabilidade. Além dos ganhos com o juro, o investidor ainda tem a possibilidade de capturar oportunidades com os títulos prefixados e atrelados ao IPCA.
Destacando que o juro só sobe porque há oscilações com relação à inflação. A inflação em 2021 terminou acima dos 10%, fato que influenciou na tomada de decisão por parte do BC para aumentar a taxa de juro.
Assim, os títulos atrelados ao IPCA em 2021 renderam muito aos seus investidores, devido à alta da inflação.
De quais investimentos fugir?
Os investimentos mais complexos de renda fixa que o investidor deve evitar são as CRI, CRA e debentures.
Como tais investimentos não contam com uma garantia como o Tesouro Nacional ou o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) é importante diversificar.
Mas devido ao alto valor necessário para entrar nesses investimentos, a diversificação pode se tornar uma tarefa mais difícil (ocorrendo um aumento do risco).
No final, o investidor pode acabar comprando um ou dois títulos e comprometendo um valor elevado em um ativo arriscado.
Por isso, ao invés de comprar um CRI, CRA ou debênture, o negócio é investir em um fundo que invista nesses títulos.
Outro investimento considerado de renda fixa que o investidor deve evitar, no momento, é a poupança. Devido à baixa rentabilidade e semelhanças com outros produtos de renda fixa, a poupança não é interessante. Ao invés da poupança, uma ótima opção é o CDB.
Conclusão
A renda fixa conta com diferentes investimentos e diferentes rentabilidades. Dentro da média do mercado, o rendimento atrelado ao CDI é aquele mais comum.
Considerando isso, CDBs, LCI, LCA e demais títulos que rendem 100% do CDI, vão entregar ganhos de 0,97% ao mês, aproximadamente.
Vale destacar que no caso das LCI, LCA, CRI, CRA e debentures incentivadas existe a isenção de imposto de renda, ou seja, o rendimento bruto é o líquido também.
Títulos de renda fixa cuja rentabilidade é maior, alcançando níveis próximos aos 14% ao mês, vão render cerca de 1,17% ao mês. Ótima rentabilidade.
O investidor sabe quanto rende renda fixa por mês? Não? Ainda tem dúvidas? Então deixe uma pergunta ao final que já vamos lhe responder.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.