Os fundos de investimento são um dos ativos mais interessantes que existem e boa parta disso, se dá pela diversificação contida dentro deles. Mas quantos fundos de investimento ter na carteira?
Não há números exatos, mas tudo vai depender da estratégia do investidor e do patrimônio do mesmo. Se você tem mais dúvidas com relação aos fundos de investimento, acompanhe nosso artigo.
Vamos nessa?
Quantos fundos de investimentos eu devo ter na minha carteira?
Tudo vai depender da estratégia e do patrimônio do investidor. Vamos supor que o investidor pretende alcançar ganhos substanciais no curto prazo e deseja fazer isso rápido, sabendo que vai correr mais riscos para isso.
É possível que a carteira do investidor esteja com menos fundos, ou sem fundos e todo o recurso esteja alocado em pouquíssimos ativos.
Normalmente a diversificação é sinônimo de ganhos menores e mais proteção. Isso acontece porque da mesma forma que você pode acertar uma MGLU3 (Magazine Luiza), você pode também investir em uma OGXP3, por exemplo.
Desse modo, os ganhos de um, acabam compensando as perdas de outro. Os fundos têm por natureza reduzir mais a exposição dos investidores a um determinado risco. Por isso, é difícil alcançar ganhos exuberantes investido em fundos.
Agora se o investidor quer ganhar dinheiro com mais segurança e mais estabilidade, os fundos são uma das melhores alternativas.
Existem até mesmo investidores que possuem somente fundos na carteira. De acordo com a estratégia, o investidor vai escolhendo diferentes fundos para ir diversificando a carteira e alocando os recursos conforme o seu perfil (conservador, arrojado ou moderado).
Com relação ao patrimônio, para aqueles que possuem até 10 mil reais, o mais prudente é investir em fundos DI, ou atrelados à taxa Selic, CDI.
Esses fundos de renda fixa que vão entregar rendimentos compatíveis com a média do mercado são interessantes e oferecem liquidez diária. Por meio desses fundos o risco é bem diluído e o investidor terá uma boa reserva de emergência.
Depois, quando o patrimônio alcançar valores maiores, acima dos 10 mil, aí é hora de alocar em outros fundos, como aqueles de renda variável.
Fundos de ações, multimercado, de índices e demais. Vale destacar que manter ao menos um mil reais em cada fundo, é o mais interessante.
Mas se o investidor quer reduzir ainda mais a exposição e o fundo permitir um valor de entrada menor, então é possível reduzir a exposição ainda mais. Mas de qualquer forma, o mais interessante é manter uma posição mínima de um mil reais.
Considerando todos os pontos citados, para um patrimônio de 10 mil reais, o mais interessante é alocar todo o recurso em um fundo DI, ou dois, (dividindo o valor).
Já, para patrimônios maiores, como por exemplo, 15 mil reais, aí os cinco mil, além dos 10 mil, podem ser alocados em diferentes fundos.
É interessante seguir uma alocação mínima de um mil reais em cada, assim, a carteira do investidor pode ter até 7 fundos com um valor total de R$ 15 mil no patrimônio.
O que são fundos de investimentos
Fundos de investimento são uma espécie de condomínio, onde cada condômino, ou cotista, tem direito a uma determinada parcela do ativo, ou no caso do fundo, da carteira.
Por exemplo, em um condomínio onde uma pessoa possui 2 casas e outra pessoa tem uma, aquele que tem duas casas tem o equivalente a 66,66% do condomínio, sendo que a outra pessoa possui os demais 33,34%.
Da mesma forma que a pessoa que tem os 66,66% tem direito a valorização dos dois imóveis que estão no condomínio, os custos serão referentes a dois. Já aquele que possui somente um imóvel, terá a oportunidade de ver o dinheiro se valorizar sobre um dos imóveis e terá os custos de um também.
Portanto, fundos de investimento como funciona? De forma similar a um condomínio. Vale destacar que em sua constituição, o fundo tem:
- Instituição administrativa
- Gestor
- Custodiante
- Auditoria
Como diversificar em fundos de investimentos?
Antes de investir, é importante o investidor conhecer qual é o seu perfil e investimento. Se a pessoa é mais conservadora, é importante alocar maior parte do patrimônio em fundos de renda fixa DI (algo como 60%).
Principalmente naqueles fundos que não possuem taxa administrativa. Depois, algo em torno de 20%, aplicar em fundos que tenha como benchmark o IPCA. Esses fundos normalmente investem em títulos atrelados a inflação e no longo prazo, podem render mais do que o CDI normal.
Os outros 20% podem ser alocados em fundos de crédito privado. Esses fundos costumam investir em títulos de bancos que rendem mais de 100% do CDI.
Para aqueles que têm o perfil moderado, uma boa alternativa seria os fundos multimercado. Observando a mesma estratégia do conservador, o investidor pode reduzir de 60% para 50% em fundos DI, e alocar 10% em multimercado.
Por último existem os investidores arrojados. Nesse segmento, é interessante alocar ao menos 10% do patrimônio em fundos de ações. Assim, a alocação poderia ficar 40% em fundos DI e 10% em fundo de ações, seguido dos demais fundos.
Como aplicar em um fundo de Investimento?
Para investir em um fundo de investimento, é importante fazer uma boa análise antes. Veja qual é o valor mínimo para investimento, quantos dias leva para liquidar a posição em caso de resgate, patrimônio total do fundo, quantos cotistas e se ele vem conseguindo entregar performance similar ao benchmark.
Se tudo estiver ok, então o fundo será uma boa opção de investimento. Normalmente as corretoras de valores mobiliários possuem diversas opções de fundos. Para investir, basta ter uma conta em uma corretora e transferir os valores para a conta.
Conclusão
Construir uma carteira de investimentos não é uma tarefa fácil e nem rápida. O investidor precisa conhecer o seu perfil e determinar quais são os fundos que vão fazer parte da carteira.
Para elaborar a carteira é preciso considerar algumas coisas, dentre elas o valor total do patrimônio e quanto o investidor pretende alocar em cada fundo.
Para carteira com até 10 mil reais, o interessante é manter um a dois fundos de renda fixa DI. Carteiras de valores maiores, acima dos 10 mil, aí o investidor pode ir diversificado, alocando R$ 1.000,00 em cada fundo.Agora você consegue determinar quantos fundos de investimento ter na carteira? Se ainda não, deixe uma pergunta abaixo.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.