Um dos principais rendimentos oferecidos pelos produtos de renda fixa é o juro. Sendo que esse juro pode ser atrelado a diferentes índices. Qual a taxa de juros da renda fixa?
Como as taxas referentes a juros andam próximas, não há tantas diferenças de uma para outra.
Porém, é importante compreender como funcionam as taxas dentro dos investimentos, e como considerar o momento econômico para a tomada de decisão, de investir ou não. Acompanhe o nosso artigo para conhecer mais sobre a taxa de juro na renda fixa.
O que são as taxas de juros da renda fixa?
Atualmente a renda fixa trabalha com dois tipos de juros atrelados aos seus investimentos, eles são: Selic (taxa básica de juro) e o CDI (taxa do Certificado de Depósito Interbancário).
A taxa Selic é decidida pelo Banco Central, sendo que o CDI é uma taxa referente às instituições financeiras brasileiras, onde a mesma segue de perto as oscilações da Selic.
Portanto, quando o BC altera a taxa Selic, o CDI normalmente acompanha a oscilação, seguindo a mesma proporção de mudança.
A Selic e o CDI possuem certa diferença também. Atualmente a Selic está em 12,75% ao ano, sendo que o CDI está em 12,65% ao ano.
Dentre as opções de renda fixa que utilizam tais taxas, existem:
- O Tesouro Selic (utiliza a taxa Selic como rendimento);
- CDB (Certificado de Depósito Bancário utiliza o CDI como rendimento);
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário utiliza o CDI como rendimento);
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio utiliza o CDI como rendimento);
- LC (Letra Cambial utiliza o CDI como rendimento);
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário utiliza o CDI como rendimento);
- CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio utiliza o CDI como rendimento);
- Debêntures (utiliza o CDI como rendimento);
Como se beneficiar com o aumento da taxa de juros?
Em momentos de alta do juro, o mais interessante é investir em títulos de renda fixa atrelados a taxas pós-fixadas, como é o caso da Selic e o CDI.
Para isso, o investidor precisa ficar atento ao cenário econômico nacional. Um país que enfrenta alta da inflação, provavelmente verá sua taxa de juro subir, como medida para encarecer o crédito e assim, reduzir o consumo e consequentemente, impactando a inflação.
Com o decorrer da experiência do investidor, esses cenários serão facilmente perceptíveis, dando uma grande vantagem na hora da tomada de decisão.
Quais os riscos com o aumento das taxas de juros?
Os riscos estão voltados à possibilidade de perder parte dos rendimentos. Com rendimentos maiores, as pessoas acabam se acostumando em conseguir determinado valor com seus investimentos.
Porém, a taxa de juro muda. A mudança pode demorar, mas ela acontece. Se o investidor não ficar atento às mudanças econômicas, será difícil se preparar para uma redução na taxa de juro.
Em momentos de alta da Selic, os investidores ficam muito “acostumados” com os ganhos cada vez maiores oferecidos pela renda fixa. Esse “costume” pode ser prejudicial, quando a mão mudar.
Uma forma de se prevenir do risco de perder os rendimentos é ficar atento às políticas econômicas empregadas pelo ministério da economia Banco Central.
Conseguindo capturar as próximas tendências, o investidor pode prefixar parte de seus ganhos, prevenindo uma queda abrupta dos rendimentos.
Qual a taxa de juros mensal
Considerando uma taxa de juro em 12,75%, a taxa mensal fica por volta dos 1,05% ao mês. Mesma coisa fica o CDI mensal uma vez que a diferença entre a Selic e CDI é muito pequena, cerca de 0,10%.
Com juros a esses níveis, o investimento na renda fixa vem ganhando força no mercado financeiro nacional.
Inclusive, com taxas assim, o investidor do exterior vem para o Brasil também. Como a renda fixa nacional tem segurança, os investidores se sentem seguros em injetar capital por aqui.
Vale destacar que na próxima reunião do COPOM, que vai acontecer em junho, é provável que a taxa de juro vai subir mais um pouco.
As últimas altas ficaram na casa do 1 ponto, mas dessa vez a alta esperada é de 0,5. Fato que pode jogar a Selic aos 13,25% ao ano.
Desse modo, a rentabilidade mensal chegará aos níveis de 1,10% ao mês. Mais rentabilidade ainda aos produtos de renda fixas atrelados a taxa Selic e CDI.
Conclusão
A taxa de juro é um dos principais rendimentos dos produtos de renda fixa. Mas então: renda fixa qual a taxa de juros? Tanto a Selic quanto o CDI são taxas que existem dentro do mercado de renda fixa.
O CDI é a taxa mais utilizada pelos investimentos, sendo presente em praticamente todos os títulos de renda fixa.
Títulos de liquidez diária, como o CDB, normalmente trabalham com taxas de 100% do CDI. Já papéis de prazo mais longo, com restrições de liquidez no vencimento, oferecem taxas que podem chegar até os 125% do CDI.
Atualmente para conseguir 1% de rendimento mensal, basta o investidor comprar um CDB, ou Tesouro Selic com liquidez diária que o rendimento já será superior a 1% ao mês.
O grande risco da alta do juro está relacionado a perder tais ganhos no longo prazo. Como a taxa de juro pode mudar com o cenário econômico, o investidor precisa ficar esperto para tentar travar tais ganhos por um prazo mais longo.
Uma forma de fazer isso é por meio dos títulos prefixados. No mais, os títulos de renda fixa atrelados a juros são ótimas opções de investimentos.
Você compreendeu mais sobre qual a taxa de juros da renda fixa? Ainda tem dúvidas? Então deixe uma pergunta que já vamos lhe responder.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.