CDB X Renda Fixa: Qual a Melhor Aplicação?

Ao buscar alternativas de investimentos na renda fixa, uma das primeiras opções que surgem é o CDB, mas então, qual melhor aplicação CDB ou renda fixa?

Considerando todas as opções que existem na renda fixa, será que o CDB é a melhor opção mesmo?

Não há outros investimentos que possam gerar rentabilidade melhor, mais segurança e liquidez? Acompanhe o nosso artigo e descubra qual é o melhor, CDB, ou a renda fixa em geral.

CDB x Renda Fixa: qual a melhor? 

Considerando vários pontos e assumindo um prazo mais longo para o resgate, o CDB é uma das melhores opções dentre todas as que existem na renda fixa.

Porém, quando olhamos um prazo mais curto de investimento, há opções na renda fixa que surgem e são muito mais vantajosas em comparação direta com o CDB.

A seguir vamos analisar algumas características sobre os produtos de renda fixa e o CDB. Nesta comparação, vamos descobrir qual é o melhor investimento.

Segurança 

A segurança do CDB costuma ser muito boa, uma vez que ela vem da própria instituição financeira, além do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Portanto, instituições mais fortes, com condições financeiras mais sólidas, dificilmente vão representar riscos ao investidor.

E caso algo pior aconteça e a instituição venha a falir, o investidor pode ficar “tranquilo” porque ainda existe o FGC. O fundo protege até R$ 250 mil por instituição e CPF.

Mas, existe uma observação: o FGC vai proteger o capital do investidor desde que haja fundos para isso.

Ou seja, o FGC provavelmente não vai conseguir defender todos os interesses dos investidores que perderam dinheiro, caso um Itaú venha a falir.

Lógico que um banco como o Itaú é difícil de falir, mas pode acontecer e o FGC não tem dinheiro “infinito”. Por isso, ainda é muito importante avaliar a qualidade da instituição antes de investir e viver da garantia do FGC.

Já na renda fixa, há investimentos com o mesmo nível de segurança, como as LCI (Letra de Crédito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e LC (Letra Cambial).

A poupança também possui o mesmo nível de segurança, porém, há um investimento que oferece condições similares ao CDB e conta com garantias mais interessantes, o investimento em questão é o Tesouro Selic.

A letra do Tesouro Direto que possui rendimento atrelado à Selic conta com nível de segurança mais alto, e considerado por muitos como um dos maiores do Brasil.

Como as letras do Tesouro Direto são garantidas pelo Tesouro Nacional, todas as letras possuem o mais alto nível de segurança e, portanto, acabam sendo mais seguras do que o CDB, LCI, LCA, LC e poupança.  Nesse sentido, a renda fixa possui opções mais interessantes do que o próprio CDB.

Liquidez 

Com relação à liquidez, há CDBs que oferecem liquidez diária e letras do Tesouro. LCI, LCA e LC costumam ter liquidez restrita ao vencimento, mesma coisa acontece com CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e as debêntures.

Vale destacar que esses investimentos que possuem liquidez restrita ao vencimento, ainda podem ser vendidos no mercado secundário, porém, essa negociação pode gerar perdas, uma vez que o valor será vendido a um preço de mercado, e não pelo valor do investimento em si, ou seja, haverá um desconto.

Há também os fundos de renda fixa que podem oferecer bons rendimentos, segurança e liquidez. Olhando todas as alternativas, os produtos de renda fixa possuem alternativas mais interessantes do que o CDB, inclusive, olhando toda a conjuntura, junto da segurança.

Custos e tributações 

Para investir em grande parte dos CDBs e produtos de renda fixa em geral não há custos, mas, a tributação sim.

Na renda fixa há investimentos que são isentos de IR, como é o caso da LCI, LCA, CRI e CRA. Há também as debêntures incentivadas, nas quais não há retenção de IR no rendimento.

Observando que há ativos isentos, a renda fixa aqui se torna muito mais interessante do que o próprio CDB.

Destacando que o CDB sofre com a retenção de IR na fonte. Esse IR é regressivo e segue a seguinte tabela:

• Resgate entre 0 e 180 dias – 22,5%;
• Resgate entre 181 e 360 dias – 20%;
• Resgate entre 361 e 720 dias – 17,5%;
• Resgate em 721 dias ou mais – 15%.

A tributação das letras do Tesouro também funciona da mesma forma que o CDB, e as LC também.

Simulação de investimento

Agora vamos fazer simulações de investimentos considerando alguns cenários para determinar em quais momentos o CDB é mais interessante ou a renda fixa.

No primeiro exemplo, vamos trabalhar com um investimento de liquidez diária e com rentabilidade na média do mercado, ou seja, de 100% do CDI.

Investimentos de liquidez diária dentro do mercado de renda fixa há o Tesouro Selic, já do lado do CDB, há diversas opções que pagam até 100% CDI, sendo possível investir em alguns bancos menores que chegam a pagar 105% do CDI, ou mais.

Para o exemplo, vamos considerar o Tesouro Selic pagando 100% da Selic e um CDB de 105% do CDI. O cenário vai considerar um valor de investimento de R$ 1.000,00 em um prazo de 12 meses.

Observado que a Selic está em 13,75% e o CDI em 13,65% (sendo que os 105% do CDI, são equivalentes a 14,33% ao ano), os R$ 1.000,00 na Selic ficariam em 1.137,50 enquanto o mesmo valor no  105% do CDI ficaria em R$ 1.143,30.

Com uma rentabilidade pouco maior, o CDB de um banco pequeno parece ser mais interessante do que o Tesouro Selic, porém, a letra do Tesouro é muito mais segura que tal CDB. Colocando as medidas na balança, fica claro que os 5% de rentabilidade a mais, não ajudam, considerando os riscos envolvidos. Assim, se for para investir no curto prazo, o Tesouro Selic surge como uma opção mais atraente.

Inclusive, como existe taxa administrativa para valores superiores a R$ 10 mil investidos no Tesouro Selic, a melhor solução é investir em fundos DI isentos de taxa administrativa (denominados de fundos Selic Simples) que investem praticamente 100% do patrimônio em letras do Tesouro Selic e não possuem taxa alguma e ainda contam com liquidez diária.

Agora vamos fazer um exemplo no qual o investidor permanecerá mais tempo aplicado. Uma aplicação de 1 mil reais em um período de 3 anos, qual é o melhor investimento.

Considerando todas as opções da renda fixa, vamos analisar as LCI e LCA e, do outro lado, um CDB com vencimento em 3 anos.

Analisando as opções mais interessantes do mercado, vamos pegar títulos com taxas prefixadas. Ou seja, um CDB de 3 anos de um banco pequeno pode chegar a render facilmente 13% ao ano, já uma LCI ou LCA, pode render em torno de 11% ao ano.

Vale destacar que a LCI e LCA são isentas de IR, assim, o resultado final já é o líquido. Enquanto um CDB com rentabilidade de 13% ao ano vai gerar um resultado final de 1.442,90 (líquido de IR é de R$ 1.376,46) a LCI ou LCA de 11% ao ano, vai entregar um valor de R$ 1.367,63.

Ou seja, em prazos mais longos, o CDB tende a ser mais interessante, inclusive, quando adicionamos os riscos dos investimentos.

Conclusão

E agora, aplicar em CDB ou renda fixa? As duas opções são boas, mas cada uma tem suas vantagens e desvantagens.

Ao longo do artigo vimos cada um dos aspectos desses investimentos e ficou claro que o CDB é muito bom e há diversas alternativas interessantes na renda fixa.

Por exemplo: para investimentos de liquidez diária, o Tesouro Selic, que faz parte da renda fixa, se mostrou mais interessante, devido à boa rentabilidade e elevada segurança.

Já ao analisar um cenário de investimento de médio prazo, com o resgate acontecendo dentro de um a dois anos, as LCI e LCA são mais interessantes porque não há cobrança de IR sobre elas.

Por fim, em prazos mais longos, superando os dois anos, há diversos CDBs que podem gerar rendimentos muito bons, contam com a garantia do FGC e vão superar a rentabilidade, inclusive das LCI e LCA.

Desse modo, para liquidez diária, a melhor opção é o Tesouro Selic, prazos médios, LCI e LCA e longos prazos, os CDBs.

Você tem dúvidas sobre qual melhor aplicação CDB ou renda fixa? Então faça uma pergunta ao final que já vamos lhe responder.