Ao buscar opções de investimentos no mercado financeiro, o interessado pode optar por produtos de renda fixa, ou variável. O que são ativos de renda fixa?
A renda fixa tem suas vantagens e desvantagens quando o assunto é segurança, volatilidade e rentabilidade.
Inclusive, a renda fixa é muito influenciada pelo contexto econômico do país e do mundo. Portanto, a renda fixa é assunto sério e deve ser muito bem considerada na hora de construir uma boa carteira diversificada.
Quais os principais ativos da renda fixa?
Os principais investimentos de renda fixa são:
- Poupança
- CDB (Certificado de depósito bancário);
- Letras do Tesouro Direto
- LCI (Letra de crédito Imobiliário) e LCA (letra de crédito do agronegócio);
- Debentures;
- CRI (Certificado de recebíveis imobiliário) e CRA (certificados de recebíveis do agronegócio);
- Fundos de investimento de renda fixa;
Os sete produtos de renda fixa apresentados, aparecem na grande maioria das carteiras dos investidores. Não necessariamente os sete aparecem, mas qualquer carteira terá um desses ativos.
Antes de dar continuidade ao texto, vamos responder uma questão: o que são ativos financeiros de renda fixa?
Todo o investimento que possui uma rentabilidade previsível é conhecido como de renda fixa. Todos os ativos acima citados, contam com rendimentos prévios, sem que haja grandes surpresas.
Já com relação a pergunta: o que são ativos de renda fixa? A resposta é bem simples, são os investimentos que o cliente da corretora, ou banco, pode comprar para receber rendimentos.
Esses rendimentos normalmente acontecem em forma de juro. É mais ou menos como se fosse um empréstimo do cliente do banco ou instituição financeira, para o banco ou o emissário do título. Ao passar os recursos para a instituição ou emissário, o investidor recebe uma remuneração em forma de juros.
Qual a rentabilidade dos ativos da renda fixa?
A rentabilidade pode variar muito de produto para produto. Um fato que influencia bastante os rendimentos dos produtos de renda fixa é a oscilação da taxa de juro.
O Brasil vem convivendo nos últimos anos com uma taxa de juro bem volátil. Se em 2021 o Brasil conviveu um bom tempo com a Selic em 2% ao ano, começamos 2022 com a taxa de juro acima dos 10%.
Ou seja, em questão de menos de um ano, uma pessoa que estava posicionada em um CDB que paga 100% do CDI, viu seu investimento aumentar o rendimento em ao menos 400%.
Os investimentos de renda fixa atrelados ao IPCA também vem gerando ótimos rendimentos nos últimos meses.
A alta da inflação vem influenciando positivamente no rendimento de CDBs, letras do Tesouro e demais investimentos atrelados ao IPCA.
Se em 2020 a inflação ficou em 4,52%, em 2021 o índice ultrapassou os 10%, sendo que as expectativas para 2022 são de IPCA em quase 8%.
Como escolher o melhor ativo para investir?
Para determinar qual é o melhor ativo de renda fixa para investir, a pessoa precisa avaliar algumas características do produto, dentre elas:
- Segurança;
- Vencimento e liquidez;
- Rentabilidade;
- Contexto econômico;
Dentro das opções de renda fixa, aquelas que são mais seguras são as letras do Tesouro, CDB, LCI, LCA e os fundos de investimento.
Se o investidor não quer correr muitos riscos, é importante dar destaque aos produtos atrelados à Selic e o CDI.
As opções que estão atreladas à Selic e o CDI são Tesouro Selic, CDB, LCI, LCA e fundos de Selic simples.
Normalmente esses investimentos contam com liquidez diária (no caso do Tesouro Selic, CDBs e fundos de Selic simples). Já as LCI e LCA, possuem liquidez restrita ao vencimento, nesse caso, é bom escolher investimentos com vencimento mais curto.
Agora se o investidor olhar o contexto econômico e quer dar prioridade à rentabilidade, as melhores opções estão atreladas ao IPCA.
Como a inflação está em alta, é importante manter o patrimônio alocado em ativos atrelados ao IPCA, assim, o dinheiro vai acompanhando a inflação. Vale destacar que os títulos de renda fixa atrelados à inflação pagam mais uma taxa de juro prefixada. Portanto, o papel sempre vai render mais do que a inflação.
Para investimentos mais arrojados e com mais probabilidade de ganhos, os investidores terão que tomar mais riscos. Considerando o risco maior e maior rentabilidade, CRI, CRA e debentures surgem como as melhores opções.
Ao optar por tais investimentos, a volatilidade, risco e a liquidez restrita serão uma realidade. Por fim, ainda há os investimentos atrelados ao juro prefixado.
Esses papéis são mais interessantes quando a taxa de juro está em queda e há expectativas de controle inflacionário, com redução do IPCA, por exemplo.
Assim, o cenário para ficar posicionado em taxas prefixadas se confirma e o investidor poderá travar seus rendimentos em taxas mais atraentes.
Quais os maiores riscos?
Os maiores riscos estão vinculados à insolvência da instituição ou da empresa emissora do papel, liquidez restrita ao vencimento e volatilidade do mercado.
Para minimizar riscos referentes à insolvência, o investidor pode dar prioridade às letras do Tesouro, CDB, LCI, LCA e fundos de renda fixa.
Como as letras do Tesouro são emitidas pelo próprio Tesouro Nacional, a segurança do papel é elevada, sendo uma das maiores do Brasil (se não a maior). Depois, temos os CDBs, LCI e LCA, tais papéis possuem garantia vinculada ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito). A garantia vai até 250 mil reais por CPF e instituição.
Com relação à volatilidade e questões vinculadas a liquidez restrita ao vencimento do papel, para minimizar tais riscos, o investidor pode dar prioridade a letras do Tesouro Selic com vencimento mais curto (assim, terão menos volatilidade) e CDBs de liquidez diária, além dos fundos de Selic Simples (sem taxa administrativa e com liquidez diária também).
Os investimentos que possuem algum tipo de restrição à liquidez, volatilidade e riscos maiores com relação à insolvência, vão acabar proporcionando mais rendimentos. Nessas situações, o investidor terá que fazer uma boa gestão de risco para mitigar qualquer problema maior.
Conclusão
Os ativos de renda fixa podem gerar excelentes resultados no curto e longo prazo, além de proporcionar certa estabilidade à carteira. Porém, tais papéis não estão livres de risco.
Todo investimento conta com certo grau de risco e eles devem ser muito bem considerados. Uma boa forma de reduzir os riscos é diversificando, além de trabalhar com uma boa gestão de riscos.
Você sabe o que são ativos de renda fixa? Ainda há dúvidas? Então deixe uma pergunta ao final que já vamos lhe responder.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.