Com a alta da taxa Selic, a renda fixa vem vivendo um dos melhores momentos. Desde 2016, o Brasil não via uma taxa de juro tão elevada. Então quanto rende a renda fixa?
Considerando uma taxa de juro em 11,75% ao ano, atualmente é uma grande possibilidade da taxa de juro alcançar os 12,75% ainda em 2022, a renda fixa vem gerando retornos extremamente interessantes.
Além da boa rentabilidade, a renda fixa oferece aos seus investidores mais segurança, fato que atrai muito mais investidores a esse tipo de investimento.
Outro ponto interessante está vinculado a outras formas de rendimento que existem. Na renda fixa não há só a Selic como parâmetro. Até a inflação pode ser uma forma de rendimento, ou juros prefixados.
Observando a diversidade de tipos de rendimentos, vamos levantar quais são os rendimentos possíveis com a renda fixa.
Qual o rendimento da renda fixa?
Grande parte dos investimentos de renda fixa possuem sua rentabilidade atrelada ao CDI (taxa do certificado de depósito interbancário).
O CDI segue de perto as oscilações da taxa Selic. Em outras palavras: Quanto rende a renda fixa em 1 ano? Atualmente, um investimento comum, que paga 100% do CDI, pode render algo próximo a 11,75% ao ano.
Além do CDI, há outros rendimentos que podem ser vinculados aos produtos de renda fixa, como é o caso da inflação (medida pelo IPCA), ou juros prefixados.
Se por um lado existem os títulos de renda fica atrelado ao CDI, do outro há os títulos atrelados ao IPCA.
O IPCA dos últimos 12 meses está em 10,54%, portanto, um investimento em renda fixa que paga o IPCA vai entregar um rendimento próximo a 10,54% ao mês.
Vale destacar que os títulos de renda fixa atrelados ao IPCA, normalmente pagam mais uma taxa de juro sobre a inflação. Sendo assim, além do IPCA existe mais uma taxa de juro prefixada. Como por exemplo: IPCA +5% ao ano.
Hoje, com a taxa de juro em alta, há diversos títulos pagando mais do que IPCA + 5%. Considerando a inflação dos últimos 12 meses, o rendimento aqui poderia facilmente ultrapassar os 15% ao ano!
Por último, dentro da renda fixa ainda há os títulos que pagam uma taxa de juro prefixada. Nesse caso não há CDI e tão pouco o IPCA.
Atualmente há títulos que pagam em torno de 12% até 14% ao ano. Tudo vai depender do vencimento do título. Títulos com vencimento mais longo, normalmente pagam mais.
Renda fixa vale a pena?
Vale sim. Como estamos vivendo um momento turbulento, com uma guerra e resquícios da pandemia da COVID-19, o mundo ainda não conseguiu voltar ao seu “normal”.
Desse modo, os investimentos em renda variável vêm se tornando muito voláteis. Mesmo os investidores mais arrojados estão enfrentando problemas para conseguir manter uma rentabilidade boa.
Por outro lado, a renda fixa vem gerando retornos muito consistentes nos últimos meses. Com a alta da taxa Selic e as expectativas cada vez mais baixas para a economia, a renda fixa ganhou atenção e vem atraindo muitos investidores.
O Brasil por muito tempo conviveu com uma taxa de juro na casa dos 2% ao ano, agora a mesma taxa de juro está em 11,75%.
Além da segurança oferecida pela renda fixa nacional, a mesma vem entregando rendimentos invejáveis.
Por exemplo: Quanto rende a renda fixa por mês? Considerando o CDI próximo dos 11,75% ao ano, um título que paga 100% do CDI está rendendo cerca de 1% ao mês. É muita coisa.
Vale destacar que ainda existe expectativa para novos aumentos na taxa Selic, fato que vai influenciar no aumento do CDI também.
Outro ponto importante são os títulos que rendem IPCA mais juros e aqueles que pagam uma taxa prefixada.
Com um IPCA de 10,06% em 2021, diversos títulos atrelados ao IPCA pagaram acima dos 14%, por exemplo.
Isso acontece porque há opções no mercado que pagavam por volta de IPCA+4%, ou até mais. Com tal variação do IPCA, tais títulos renderam muito mais do que aqueles atrelados aos 100% do CDI.
Há também títulos prefixados que têm rendimentos de 14% ao ano. Esses papéis também entregaram ganhos acima da média.
É importante destacar que títulos de renda fixa que oferecem taxas atraentes, normalmente costumam ter vencimentos longos, sendo que o investidor só consegue liquidar o papel no vencimento.
Como funciona a renda fixa?
A renda fixa é a opção de investimento mais prática que existe no mercado. Qualquer pessoa que possui conta bancária já pode investir em diferentes tipos de produtos de renda fixa.
Normalmente as pessoas começam com a caderneta de poupança, ou um fundo de investimento referenciado. Existem bancos que oferecem o CDB (Certificado de depósito bancário), como uma das primeiras opções de investimento.
Assim, o cliente já tem acesso fácil e rápido a três opções de investimento em renda fixa. Praticamente todos os produtos de renda fixa são feitos para atrair recursos e assim, os bancos têm como utilizar os valores para financiar outras operações, como linhas de crédito imobiliário, empréstimos e financiamentos, além do crédito para o agronegócio.
A poupança, por exemplo, tem 65% dos seus valores destinados a financiar operações imobiliárias, ou seja, financiamentos e concessões de crédito para a área imobiliária.
Já o CDB, é uma forma que os bancos têm para atrair dinheiro para diversos tipos de operações, como financiamentos, empréstimos e demais.
Os fundos de investimento em renda fixa, por sua vez, investem em produtos de renda fixa, como os CDBs e demais títulos.
Os fundos são grandes “investidores” que por vezes conseguem movimentar grande volume de dinheiro, tanto na hora de comprar quanto de vender.
Outro investimento de renda fixa que vem ganhando bastante notoriedade no mercado são os títulos do Tesouro Direto.
Esses papéis são utilizados para financiar parte da dívida do governo federal, sendo que sua garantia está atrelada ao Tesouro Nacional.
Dentre todos os investimentos de renda fixa, os títulos do Tesouro são aqueles mais seguros.
Onde investir na renda fixa?
Há diversas instituições que oferecem ativos de renda fixa. O principal lugar onde o investidor vai encontrar produtos de renda fixa são as corretoras de valores mobiliários.
Mas é nos bancos que o acesso é mais fácil. Ao abrir uma conta bancária, normalmente as pessoas têm a opção de abrir uma conta corrente ou poupança.
A partir do momento em que o cliente abriu uma conta poupança, os recursos ali depositados já começam a render.
Desse modo, podemos dizer que a poupança é uma das alternativas mais acessíveis dentro da renda fixa.
Já as corretoras contam com verdadeiros shoppings financeiros. Bons exemplos são as plataformas da XP Investimentos, Nu Invest e BTG Pactual.
Cada uma dessas corretoras conta com grande diversidade de CDBs, LCI (Letras de crédito imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) de diversos bancos.
Com grande diversidade de produtos e certa acessibilidade, as corretoras se mostram como uma das alternativas mais atraentes para o investimento em renda fixa.
Ao invés de o investidor abrir uma conta em cada instituição que pretende investir, é possível comprar os títulos de renda fixa através de uma boa corretora.
Vale destacar ainda que as corretoras conseguem oferecer mais do que os títulos em renda fixa. Há também várias opções de fundos de investimento em renda fixa.
Dentre os fundos de renda fixa existentes, nós temos os fundos:
- Referenciados DI;
- Crédito Privado;
- Debentures;
- Selic Simples;
Cada um desses fundos possuem certas características que favorecem determinadas estratégias. Os fundos que investem em debêntures e crédito privado são mais interessantes para o longo prazo.
Já os fundos referenciados DI e o Selic Simples, são mais interessantes para a construção de reserva de emergência, por exemplo.
Conclusão
Nos últimos meses a renda fixa vem gerando excelentes retornos. Quanto rende a renda fixa hoje? Com uma taxa Selic em 11,75% e grandes chances da mesa alcançar os 12,75% ainda em maio, a renda fixa vem se tornando um investimento essencial.
Se de um lado nós temos a renda variável andando de lado, conseguindo gerar alguns ganhos nos últimos meses, a renda fixa vem entregando rentabilidade próxima de 1% ao mês.
Há diversas opções de renda fixa, desde os títulos oferecidos por bancos, como é o caso do CDB, LCI e LCA, até os papéis mais complexos, como os CRI, CRA e as debentures.
Não podemos nos esquecer dos fundos de investimento em renda fixa e dos títulos públicos. Todas essas opções vêm gerando ótimos retornos.
Você compreendeu quanto rende a renda fixa? Ainda tem dúvidas? Então deixe uma pergunta ao final que já vamos lhe responder.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.