O mercado de fundos imobiliários é um dos que mais chama atenção dos investidores. A oportunidade de receber uma renda mensal é uma das vantagens que mais chama atenção.
Mas quanto se ganha com fundos imobiliários atualmente?
Quanto rende fundos imobiliários?
Para entrar em um mercado de renda variável, o investidor precisa ter alguma ideia de rendimento. O fato de colocar o dinheiro em risco precisa vir junto de uma boa oportunidade de rentabilidade.
Antes de investir em FII, é importante saber, aproximadamente, quanto pagam os fundos imobiliários.
Por meio dos fundos imobiliários isso pode acontecer através das distribuições, que são mensais em muitos fundos, ou através da valorização das cotas, como acontece com o mercado de ações.
O que difere os fundos imobiliários das ações, por exemplo, são suas distribuições que geralmente são elevadas e pode ser comparada a rentabilidade de produtos de renda fixa.
Por exemplo, ao analisar alguns fundos que possuem maior participação no IFIX (índice de fundos imobiliários), a rentabilidade média dos FII fica por volta dos 0,90% ao mês.
Ou seja, se o investidor comprar cotas desses fundos, é possível que a distribuição mensal seja na casa dos R$ 0,90 para cada R$ 100,00 investidos.
É uma ótima rentabilidade. Lembrando que as distribuições são isentas de imposto de renda. (os fundos levantados como exemplo são: KNCR11, KNIP11, CPTS11 e IRDM11).
O que são os fundos imobiliários?
Os fundos imobiliários são fundos que investem em títulos lastreados em imóveis ou no próprio imóvel.
Esse fundo, diferente dos fundos de investimento convencionais, negocia suas cotas na bolsa de valores.
Portanto, o FII é um híbrido entre ETF (fundo de índices) e ações. Uma vez que o ETF é um fundo que tem suas cotas negociadas em bolsa e as ações podem distribuir seus lucros.
Os FII negociam as cotas em bolsa e ainda distribuem parte de seus ganhos. Olhando os fundos existentes no mercado, podemos identificar alguns tipos, eles são:
- Fundos que investem em imóveis (tijolo)
- Fundos de fundos
- Fundos que investem em CRI e demais papéis com lastro em imóveis
Além de dividir em três tipos de FII, ainda existem outras classificações que podem ser feitas de forma analítica.
Por exemplo, dentro do segmento de fundos que investem em imóveis, existem FII que possuem prioridade em shopping centers, outros em lajes corporativas, escritórios corporativos e aqueles que têm investimentos em diversos imóveis de áreas diferentes.
Como há uma quantidade grande de tipos de fundos imobiliários, o que não falta são opções para diferentes estratégias.
Há momentos em que é mais interessante investir em fundos de shoppings, principalmente quando há alta no consumo.
Por outro lado, fundos de galpões logísticos podem ser mais interessantes se as empresas fizerem mais investimentos em logística.
Para aqueles que gostariam de permanecer posicionados em FII mas não tem ideia de como avaliar os tipos de empreendimentos, ou os FII, então os fundos de fundos podem ser a melhor opção.
Quanto rende 1 milhão em fundos imobiliários?
Considerando a rentabilidade de 0,90% ao mês, referente aos fundos já mencionados, a rentabilidade de 1 milhão seria de aproximadamente R$ 9.000,00 ao mês.
É importante deixar claro que os fundos imobiliários são voláteis e principalmente suas receitas e distribuições podem ser influenciadas por essa volatilidade.
Portanto, é comum ver um fundo gerar determinada rentabilidade em um mês e no outro perder parte desses ganhos.
Mas na média, os fundos acabam se comportando de forma similar com relação às suas distribuições.
Outro detalhe está na precificação do fundo no mercado. Fundos que aparentemente distribuem mais e conseguem pagar bons valores aos seus cotistas, podem estar “baratos” e gerando tal rentabilidade, uma vez que algo está para acontecer e o FII, devido a esse “acontecimento” pode perder parte de sua rentabilidade.
Quando inquilinos estão para sair, ou algo substancial pode ocorrer com o FII, é normal ver as cotas se depreciando. Isso gera no curto prazo, uma sensação de que o fundo começou a ficar mais rentável, mas é só por um momento.
Quanto rende 200 mil em fundos imobiliários?
Seguindo o mesmo conceito do exemplo anterior e utilizando a rentabilidade já apurada, sobre os quatro fundos, a rentabilidade mensal de 200 mil investidos em FII, ficaria por volta dos R$ 1.800,00.
Com esse valor, o investidor já conseguiria extrair mais do que um salário mínimo por mês. É claro que isso pode sofrer alterações no futuro, tanto para maior, quanto para menor.
Caso os fundos não consigam entregar boa performance, o investidor pode ter prejuízos. Se as coisas melhorarem, aí o cotista tende a lucrar cada vez mais, tanto pela rentabilidade quanto pela valorização das cotas no mercado.
O momento é de alta do juro e isso vai tirar mais investidores da renda variável. A tendência natural é que a renda fixa ganhe mais notoriedade no curto prazo.
Depois, com a estabilização da inflação e do juro, a tendência será de redução gradual da Selic. Isso vai favorecer o mercado de FII e pode favorecer os investidores que já estão posicionados no mercado.
Conclusão
Quando o juro está em alta, é comum ver os investidores migrarem da renda variável para fixa. Isso acontece porque a renda fixa possui boa segurança e boa liquidez.
Muito melhor ter uma boa rentabilidade e segurança do que conseguir uma rentabilidade maior, mas sem segurança. Se a diferença entre os ganhos não for satisfatória, compensa os riscos, então a renda fixa se torna ainda mais atraente.
Observando tudo isso, o momento é de cautela, mas entrar em FII agora pode ser interessante se o investidor tem uma expectativa de que as coisas vão melhorar no futuro.
Se a inflação ficar controlada é bem provável que o juro caia. Assim, a renda fixa perde sua atratividade e os investidores vão precisar buscar rentabilidade na renda variável e consequentemente nos FII.
Você compreendeu quanto se ganha com fundos imobiliários atualmente? Se você ainda tem dúvidas, deixa uma pergunta que já vamos lhe responder.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.