Poupar uma parte da renda para conseguir cobrir eventuais emergências é algo essencial. Não é todo dia que acontece, mas às vezes, emergências podem acontecer. Nesse artigo você vai conhecer onde investir reserva de emergência.
A reserva de emergência precisa ser aplicada em um lugar onde seja de fácil acesso do investidor, além de entregar um bom resultado, ao menos, na média do mercado.
Se você tem interesse em descobrir onde investir a reserva de emergência, acompanhe o nosso artigo.
Onde investir a reserva de emergência
O investimento alvo da reserva de emergência precisa ter segurança, liquidez e boa rentabilidade. Ao somar essas três qualidades, um ativo surge, é o Tesouro Selic.
As letras do Tesouro Direto, mais especificamente, o Tesouro Selic, é o ativo mais interessante para ser alvo da reserva de emergência.
A rentabilidade do Tesouro Selic está atrelada à Selic, sendo que a segurança do papel vem do Tesouro Nacional. Além disso, ainda há a liquidez, que é diária (menos em finais de semana e feriados).
Depois do Tesouro Selic, há outras alternativas interessantes, como é o caso do CDB (Certificado de depósito bancário).
O CDB com liquidez diária tem a rentabilidade indexada ao CDI (taxa de certificado de despótico interbancário).
O CDI segue de perto as oscilações da taxa Selic, portanto, ambas as taxas oferecem rentabilidade similar.
Porém, como há vários bancos que oferecem o CDB, há instituições menores que chegam disponibilizar aos seus clientes CDBs com rentabilidade superior a 105% do CDI, chegando até os 120% do CDI.
Desse modo, o investidor pode conseguir rentabilidade ainda maior, mantendo a liquidez e certo grau de segurança.
Diferente do que ocorre com o Tesouro Selic, o CDB possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Essa garantia cobre até 250 mil reais por CPF e instituição financeira.
O que é reserva de emergência?
A reserva de emergência é um valor que a pessoa poupa para utilizar quando ocorre alguma emergência.
Grande parte das pessoas consome todo o dinheiro que recebe. Assim, quando ocorre uma emergência que exija recursos, essas pessoas são pegas desprevenidas.
Nesses momentos, as pessoas que não possuem recursos acabam procurando um financiamento ou empréstimo.
A partir daí, o endividamento começa e pode crescer. Mas, com a constituição de uma reserva de emergência, a situação melhora.
Com a reserva, quando ocorrer uma emergência, esses recursos podem ser utilizados e assim, a pessoa não precisará buscar linhas de crédito e se endividar. Basta utilizar a sua reserva de emergência.
Como investir a reserva de emergência?
Tudo vai depender da estratégia empregada pela pessoa na hora de constituir sua reserva de emergência.
A pessoa pode deixar os valores todos em uma conta bancária de fácil acesso, ou separar os valores em diferentes investimentos, a fim de diversificar e reduzir a concentração.
Em uma das estratégias a pessoa pode optar por alocar parte dos recursos em aplicações com vencimento curto, mas com rentabilidades maiores do que aqueles ativos com liquidez diária.
Enfim, há várias formas de construir uma reserva de emergência. Por exemplo: vamos supor que a pessoa esteja propensa a construir uma reserva com o valor equivalente a seis salários.
Esses seis salários vão permanecer em uma conta de fácil acesso, portanto o investidor vai alocar os recursos no CDB do banco onde tem conta.
Assim, havendo necessidade, dos recursos podem ser acessados de forma rápida e seguros. A rentabilidade do CDB é de 100% do CDI equivalente à média do mercado.
Para uma quantia superior aos seis salários, o investidor pretende alocar tais recursos em opções com liquidez somente no vencimento. Os papéis que interessam ao investidor são aqueles que possuem liquidez em seis meses, até um ano.
Portanto as rentabilidades são maiores, chegando até 110% do CDI. Além de CDB, existem LCI que possuem vencimento entre 6 meses a um ano, portanto, o investidor dará preferência a LCI, uma vez que a letra possui isenção de Imposto de Renda.
Esse exemplo é só uma das formas de constituir uma reserva de emergência. Ainda há infinitas outras formas. Tudo vai depender do valor da sua reserva e do nível de acessibilidade que você pretende ter.
Quanto devo guardar para reserva de emergência?
A pessoa que pretende construir uma reserva de emergência pode avaliar o valor da reserva a partir do salário.
Por exemplo, uma pessoa que recebe um salário de R$ 3.000,00 e tem receio de ficar desempregada, a sua reserva pode conter algo como cinco salários ou até mais.
Caso seja de cinco salários, a reserva de emergência terá um valor de R$ 15.000,00. Se a pessoa pretende poupar um valor maior, de repente 10 salários, então a reserva pode conter R$ 30.000,00.
Tudo vai depender do planejamento do investidor. É claro que a reserva precisa considerar alguns pontos importantes, como o valor do salário, quanto dinheiro o investidor pretende manter na reserva e qual é o valor total do patrimônio da pessoa.
Por exemplo, uma pessoa que possui no total, R$ 30.000,00 e tem a reserva em R$ 30.000,00, está com um valor muito alto na reserva.
A pessoa pode muito bem reduzir o tamanho da reserva e investir os valores em outras aplicações a fim de conseguir uma rentabilidade maior.
Considerando os dados do último exemplo; a pessoa poderia fazer uma reserva de cinco salários e investir os outros R$ 15.000,00 em CDB de vencimento mais longo com rentabilidade maior, ou na renda variável.
Conclusão
A reserva de emergência é algo essencial. Todos nós passamos em algum momento da vida por problemas, sendo que por vezes, esses problemas vão envolver dinheiro.
Por isso, a reserva de emergência surge como uma salvação nos momentos mais complexos e difíceis da vida.
Para aqueles que pretendem investir e começar a poupar, construir uma reserva de emergência deve ser tido como a prioridade número um.
Você compreendeu como investir reserva de emergência? Ainda tem dúvidas? Então deixe uma pergunta ao final do artigo que já vamos lhe responder.
Oliver é formado em Ciências Contábeis e atua no mercado como Analista Contábil. Além de ser investidor desde 2010, produz conteúdo sobre finanças desde 2014.